domingo, 24 de julho de 2011

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Estou postando esse conto, espero que gostem, não é perfeito, mas é sincero. Ele esta sem título porque não consegui encontrar um que se encaixe, então se possível deixem sugestões!!
Essa é a 1° parte do conto, eu divide esse conto em 3 partes, Assim que rolar coloco o restante!

                                                  Sem título por enquanto

                                                              O primeiro olhar: A Rosa




O orvalho da manhã ainda era visível no gramado verde lima que se estendia por todo o jardim, aos fundos de um velho castelo. Uma pequena rosa ali vinha crescido solitária, afastada de todas as outras flores que se banhavam sobre a luz do sol. A rosa por outro lado havia se enraizado num lugar não desejado, na sombra se mantinha solitária onde os raios do sol não lhe alcançavam freqüentemente.
Uma rosa tão bela chamava a atenção de quem por ali passava, porém aqueles que contemplavam sua beleza estavam sempre de passagem, deixando a pequena rosa sozinha mais uma vez. De pouco em pouco, a solitária rosa começava a se livrar das emoções que endureciam seu coração. Sem nenhum companheiro fixo, não se sentia segura para desabafar sobres esses sentimentos que buscava ocultar.
Suas pequenas e delicadas pétalas já estavam cansadas do puro céu azul, quando numa manhã dois homens chegavam ao jardim, posicionados um a frente do outro se encaravam, suas mãos próximas a cintura, seguravam um objeto que a rosa nunca havia visto antes. Junto com a brisa e o delicado som das folhas se chocando nos galhos das árvores, os homens avançavam rapidamente, e daquele objeto a cintura sacavam suas espadas, que se chocavam num estante, quebrando a delicada sinfonia da manhã. O sol sobre seus rostos cansados davam um brilho encantador a lamina de suas espadas, esse brilho que ao tocar os olhos de um dos homens, que cego recebe um golpe fatal sobre seu corpo, e desaba lentamente, como as folhas secas que caem das árvores. O vermelho da lamina do vencedor, era tão belo, assim como as pétalas da rosa, e seu brilho fitava a visão dessa pequena rosa solitária, que mesmo sem entender o ocorrido ganhava um motivo para estar ali, a espera de rever aquela lamina tão forte e implacável.
Sozinha em sua sombra ela pensava, não era capaz de tirar da cabeça o brilho daquela lamina, daquele vermelho encantador, desejava ser como ela, respeitada, forte, implacável e ao mesmo tempo com um brilho tão reluzente e encantador. Seus pequenos espinhos não lhe traziam tanta segurança, não possuía força o bastante para se defender, tão delicada e solitária, diante de um lugar perigoso, por muitas vezes quase foi pisoteada por cavalos que por ali corriam, quase arrancada por crianças que não respeitavam sua pequena existência, em meio ao vento forte sentia que a qualquer segundo chegaria ao fim, e desejando ser diferente sonhava, enquanto aguardava o regresso da reluzente lamina.
As manhãs passavam e aquela espera se tornava um ferimento, abrindo mais um pouco a cada dia, fazendo a remoer sobre os sentimentos ocultados em seu coração. Porém então em uma manhã chuvosa, gélida como o inverno, lá estava novamente aquele homem carregando em suas mãos, sua força, e o desejo da pequena rosa. A rosa dessa vez se encontrava mais atenta, observava os mínimos detalhes. O homem era um tanto que magro com a pele branca como a neve, pálido, seu longo cabelo escuro, convocava a noite através de sua presença, era de altura mediana e possuía um ar  misterioso, e apesar de seus delicados olhos azuis, era dono de uma postura que impunha respeito. Seguido por ele estava outro homem, mais velho e de aparência mais rústica, era mais alto e aparentava maior força física, sua barba mal feita era acompanhada de braços fortes e peludos, um verdadeiro bárbaro. Novamente perante a solitária rosa, dois homens se encaravam, formando um campo de batalha, seus fixos olhos aguardavam a chance para dar o primeiro passo, a garoa da chuva era o único som que se podia ouvir, o misterioso homem parecia não se importar com o frio em sua pele molhada, mas de repente levava sua perna direita para traz e suas mãos a cintura, segurando calmamente o cabo de sua espada, já o velho bárbaro com sua espada nas mãos batia o queixo por causa da brisa gélida, sua respiração trêmula demonstrava cansaço sem ao menos o duelo ter começado, sua lamina não possuía um brilho tão gracioso como a que a rosa esperava, era de uma cor opaca, sem vida.
E foi com o bater de asas de um falcão levantando vôo, que a espada do calmo homem misterioso, surgia como uma flecha em direção ao bárbaro, que mesmo assustado consegui se defender, o clima mudava rapidamente, a tensão pairava no ar, as duas laminas eram novamente colocadas a colidir. Finalmente o brilho daquela lamina tão viva e cintilante podia ser contemplado mais uma vez pela ansiosa rosa, deslumbrada com tamanha beleza e força, não desviava o olhar, por nenhum segundo. Os homens se movimentavam em círculos, e volta em meia desferiam um pequeno golpe, aguardando uma brecha para um que fosse mortal, a brilhante lamina parecia dançar, cortando as gotas de chuva que já pareciam estar acabando, o bárbaro defendia qualquer golpe desferido, demonstrando maior experiência em combate.
Der repente o bárbaro começa a atacar implacavelmente, a cada golpe desferido era como se uma muralha desabasse sobre os ombros já cansados do pálido homem, porém sua lamina não deixava de brilhar por nenhum segundo, juntamente ao sol que já começava a presentear seus feixes de luz. Mesmo com dificuldade o misterioso homem se mantinha firme, e em seus olhos não demonstrava medo algum, muito pelo contrario aparentava estar mais vivo do que antes e com uma confiança tremenda, onde mesmo com a vantagem em força física o bárbaro tremia ao ver tal olhar.
Após a avalanche de golpes aqueles delicados olhos azuis tomam um pequeno espaço, e calmamente abaixa sua lamina, de forma que fica próxima a pequena rosa. Fascinada com o calor que pulsava da lamina, a rosa sentia seu coração bater de tal forma, que nunca antes havia acontecido. O bárbaro tendo aquele ato como uma espécie de zombaria, avança ferozmente, e quando desferi seu golpe pesado, o misterioso homem mesmo com o corpo menor, porém mais ágil, e com seus cabelos ainda molhados, gira para as costas do bárbaro, desferindo um golpe certeiro e afiado, com sua lamina que agora brilha e se faz ceifadora sobre a nuca do velho, que em seus últimos estantes vê o mundo girando até sua face tocar o chão. A lamina abaixada novamente parecia um tanto que pesada, pelo cansaço do homem que agora demonstrava isso claramente. O vermelho brilhava calmamente, e manchava as folhas verdes da pequena rosa, e foi assim que numa manhã gélida e chuvosa, pela primeira vez a rosa e a lamina se tocaram e observaram um ao outro, por um breve momento.




5 comentários:

  1. '-'
    Nem sei que nome vc pode colocar mestre jedai, depois q eu ver as outras duas partes talvez algum nome me venha na cabeça.
    Mas gostei da historia, preciso ver o final logo...
    =3

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  2. Lindo o conto ^^ Muito romantico e poético.
    Parabens ^^ Beijos

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  3. Ficou d+
    Amo histórias com um toque de mistério *-*

    Christoffer devia escrever fanfic sem dúvidas
    ficariam excelentes

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